Sete espíritos de elevada hierarquia vieram, junto aos Enoques, para implantar as raízes
do Adjunto de Jurema no Brasil Colônia, em 1700, sendo que seis encarnaram como escravas negras
e uma como sinhazinha branca. Esta foi Janaína, e as seis foram as gêmeas Jurema e Juremá, mais
Iracema, Jandaia, Janara e Iramar, que se reuniram na Cachoeira do Jaguar a Pai João e a Pai Zé
Pedro para delinear todo o sistema do Africanismo que chegaria até nós, no Vale do Amanhecer,
para formação final do Adjunto de Jurema, na força do Jaguar. Em suas encarnações como
escravas, as Princesas realizaram grandes trabalhos. Iramar, por exemplo, ficou famosa como
Anastácia, personagem cercada de grandes fenômenos, com sua boca tampada por uma máscara de
ferro, que tem muitos devotos em diversas linhas, embora haja muita controvérsia sobre suas obras e
até mesmo sobre sua existência, levantadas por correntes contra o Espiritualismo. A manutenção da
Unificação - trabalho dos Quadrantes - é realizada diariamente, entre 16 e 16,30 horas, como consta
no Livro de Leis, sendo cada dia da semana dedicado a uma Princesa e a uma Falange. Assim,
temos:
DIA DA SEMANA - PRINCESA - FALANGE
domingo JUREMA Sublimação
segunda-feira JANAÍNA Consagração
terça-feira IRACEMA Sacramento
quarta-feira JANDAIA Cruzada
quinta-feira JUREMÁ Redenção
sexta-feira JANARA Anunciação
sábado IRAMAR Ascensão
• “Pai João pregava a Doutrina, o amor, aliviando o chicote dos senhores. Pai Zé Pedro tocava os
tambores para alertar seu povo nas outras fazendas, onde viviam Iracema, Jandaia, Janara e
Iramar, contando também com Janaína, pequena sinhazinha que muito amava os Nagôs. Eram
jovens, com apenas 18 anos, que sofriam as incompreensões de suas sinhazinhas e as
perseguições e seduções dos seus sinhorzinhos. Era uma desdita o que, naquele tempo, sofriam
aquelas escravas missionárias! Porém, na senzala de Pai Zé Pedro, tudo ia muito bem. Vinha
gente de longe, e as curas se realizavam com tanto amor que se propagou o Africanismo com a
sua presença... (Tia Neiva, O Amanhecer das Princesas na Cachoeira do Jaguar, s/d)